sábado, 18 de agosto de 2012

Olimpíadas

       Londres 2012 já ficou para trás. Restarão agora as lembranças das conquistas e derrotas, acertos e erros, risos e choros. Os jogos olímpicos nos fascinam; motivam-nos com suas histórias de superação e ensinam-nos grandes lições de vida.
       Atletas que, muitas vezes, esperam uma vida toda até este grande momento. Treinam incansavelmente, aos seus limites, para bater recordes e conquistar o lugar mais alto do pódio nessas olimpíadas. Certamente algumas imagens falaram a mim mais que muitas palavras o fariam. No entanto, em alguns momentos, algumas poucas palavras falaram muito quando ditas com sinceridade de coração em depoimentos após grandes batalhas. Posso lembrar aqui de pelo menos três episódios.
       Primeiramente, lembro de uma guerreira brasileira, judoca incansável, que foi derrotada em sua luta de maneira digna, perdendo a chance da conquista da medalha de ouro. O choro, a expressão de seu rosto, o tombar ao chão após a batalha, o levantar-se, o abraço e consolo da treinadora... lembro-me destas imagens que "falaram": fiz tudo que pude mas não consegui; lutei até o fim, com todas as minhas forças, mas fui derrotada; mas vou levantar, não vou desistir, vou prosseguir e tenho ao meu lado alguém que me consola e me ensinará a partir de meus próprios erros.
       Também posso lembrar do depoimento de um "pequeno gigante" do voleibol brasileiro. Alguém que dedicou doze anos de sua vida à seleção brasileira, atuando em sua posição como ninguém o tinha feito, vibrando como ninguém a cada ponto conquistado, mas que naquela ocasião deixara escapar com sua equipe a medalha de ouro que por muito pouco escapou-lhe por entre os dedos. Este atleta, despedindo-se da seleção, desejava apenas uma coisa: que aquele que o substituísse honrasse a camisa e desse sua vida pela seleção, assim como ele o fez.
       Da mesma forma, ficará na memória as imagens de uma grande atleta brasileira, uma das favoritas e com grandes chances de medalha em sua modalidade, deixando de tentar; abandonando o sonho olímpico. Triste lembrança, afinal, como diz o jargão: "brasileiro não desiste nunca!"
       Então, com tudo isso, penso que posso crescer e aprender com cada uma dessas histórias: com uma derrota digna, se eu não desperdiçar a chance de aprender com os próprios erros; com uma carreira de lutas que resultem em vitórias e (algumas poucas) derrotas; com um atleta que reconhece não ser insubstituível, mas que deseja que a futura geração vista a camisa e dê sua vida pela causa. Aprendo também que devo tentar sempre; desistir, jamais; pois mais vale a derrota de quem tentou que abandonar a chance de conquistar a vitória, ou quem sabe, ao menos, de aprender com os próprios erros.
       Londres 2012 ficou para trás, mas as olimpíadas da vida cristã continuam. Há ainda muitos "jogos" pela frente. Muitas batalhas. Talvez tenha uma maratona a enfrentar, ou quem sabe tiro ao alvo, ou 110m com barreiras, ou ainda uma luta de judo ou esgrima... não importa. Meu desejo é poder chegar ao final e poder olhar para trás, sem desistir jamais, e concluir que "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda." 2 Timóteo 4:7-8
       Que meu alvo seja Cristo e que as batalhas da minha vida sejam por Ele e para Ele, como são todas as coisas! Que o pódio a ser alcançado seja o céu e a medalha recebida a coroa da justiça!
                                                                 

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